domingo, novembro 07, 2010

Educação e disciplina no Japão de hoje

(...) Os japoneses têm um dos sistemas educacionais mais rígidos do mundo. Planejado com meticulosa previsão para produzir uma força de trabalho disciplinada e socialmente coesa, ela merece boa parte de crédito pelo milagre econômico japonês do pós guerra.

A alfabetização quase universal dos japoneses, seu alto nível de habilidade matemática e a porcentagem pequena de alunos que abandonam a escola são invejados no mundo inteiro.

Mas o custo de tudo isso é alto. Desde a mais tenra infância os alunos japoneses são instruídos em relação ao tipo de mala que devem levar à escola, à altura a que devem levantar as mãos em sala de aula, ao comprimento dos cabelos, à hora que devem se levantar, mesmo durante às férias.

Os anos da adolescência são vividos à sombra do infame “inferno dos exames”, quando os alunos estudam até 18 horas por dia na escola, em cursinhos particulares e em casa, no esforço de conquistar vagas numa universidade de prestígio. O sistema inteiro incentiva as pessoas a desenvolver boa memória e reservas de resistência. A prática de fazer perguntas ou formar opiniões próprias é vista como perturbadora da ordem e desnecessária.

Esse rolo compressor que é passado sobre a individualidade de cada um deixa pouco lugar para a criatividade, e recentemente até mesmo burocratas nos Ministérios do Comércio e Finanças começaram a se indagar se o Japão não precisará de um sistema educacional mais aberto na próxima etapa de seu desenvolvimento econômico. Mas o Ministério da Educação, provavelmente o mais conservador de todos os braços do Estado, reluta em afrouxar seu controle sobre as crianças do país.

Este mês o Conselho de Educação de Kawasaki, ao sul de Tóquio, resolveu desafiar um dos instrumentos mais controvertidos utilizados pelo Ministério da Educação para controlar a população escolar. Cada aluno tem um arquivo secreto, ou “naishinsho”, no qual são registrados não apenas seu progresso nos estudos, mas também avaliações subjetivas sobre sua personalidade, obediência e ritmo de socialização.

Nem o próprio aluno nem seus pais jamais têm acesso a esse arquivo, que entretanto é crucial para a tomada de decisões sobre o progresso acadêmico do aluno, da escola primária para o segundo grau e para o colegial, terminando na universidade. [...]

“O aluno e sua família deveriam poder saber o que foi escrito a seu respeito”, disse Makoto Hirano, porta voz do conselho. “Assim, se acharem que alguma avaliação é injusta, podem discutir a questão com o professor.” [...]

Ao mesmo tempo em que surgia esta notícia de que alguém está desafiando o sistema, uma história mais deprimente sobre disciplina escolar também veio à tona. Três anos atrás, uma garota de 15 anos estava correndo para passar pelo portão da escola, no início do dia, quando um professor acionou o mecanismo e fechou os portões sobre ela.

Todos os alunos da escola sabiam que os portões eram fechados com pontualidade absoluta todos os dias e que quem ficasse de fora seria castigado pelo atraso. [...] A menina tentou se esgueirar pelo portão no momento em que estava sendo fechado, mas não conseguiu e acabou com o crânio esmagado.

Para muitas pessoas a tragédia ofereceu uma ilustração vívida da desumana rigidez do sistema educacional japonês. Na semana passada, um tribunal de Kobe julgou a ação do professor encarregado do portão “errônea” e condenou-o a um ano de prisão, com sursis (só precisará cumprir a sentença se cometer outro delito).

Mais controvertido ainda foi o fato de os juízes do tribunal não terem sequer expressado qualquer crítica ao rígido sistema disciplinar da escola.

(Artigo de Terry McCarthy, jornalista do Independent de Tóquio, publicado na Folha de São Paulo em 28/2/93. In, TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia da Educação. Atual: São Paulo, 1997.)

Questão:

  • O sistema japonês, como descrito no texto, poderia ser aplicado no Brasil? Que consequências isso teria na educação, nos jovens e na sociedade? (Faça um comentário de 10 linhas)

Show de Truman

1. O artificialismo da sociedade moderna

· As relações sociais e afetivas de Truman eram todas falsas. Sua mãe, seu pai, sua esposa, seu amigo eram falsos. Na sua vida e nas suas relações socais e afetivas como é possível saber o que é real do que é falso, o que é consistente do que é inconsistente, o que é duradouro do que é temporário? Que critério você utiliza?

· A cidade de Truman parecia realmente uma cidade cenográfica, havia um artificialismo muito grande em tudo. O que você poderia apontar de artificial em nossa sociedade?

· No começo do filme a mulher de Truman diz: “para mim a minha vida particular e a pública são iguais.” Reflita sobre as conseqüências desse tipo de pensamento, ou seja, de confundir e misturar o público e o privado. Pense isso em termos sociais e políticos.

2. A sociedade “tevecêntrica”

· No filme, observamos que os telespectadores passavam o dia inteiro assistindo televisão. Na sociedade moderna a TV também ocupa um lugar de destaque. Antigamente as famílias se reuniam à noite para contar “causos”, os pais contavam sobre os acontecidos, as mães relatavam as travessuras dos filhos... Atualmente todos se reúnem diante da TV, na sala, onde é proibido falar, ela é o centro das atenções. Que reflexos podemos detectar desse tipo de comportamento para os grupos sociais, principalmente para a família?

· Em certo momento o diretor diz para Truman: “O mundo real é igual ao mundo que eu criei para você. Tem as mesmas mentiras, as mesmas decepções, mas no meu mundo você não tem nada a perder.” Por que, muitas vezes, nós preferimos a ilusão das telenovelas, dos Big Brothers à realidade que nos cerca?

3. A manipulação dos meios de comunicação de massa sobre a sociedade e sobre o indivíduo

· No filme, pudemos observar a todo momento como o show e a TV eram utilizados para vender produtos. O que sustenta um canal de TV é a venda de produto. Em que medida você se sente influenciado pelas propagandas? O que você faz ou não faz para superar essa influência?

· O diretor do Show de Truman agia como um deus, manipulando Truman e o público. Os donos dos meios de comunicação de massa em nossa sociedade agem da mesma maneira. Pesquise e relate alguns casos onde houve essa manipulação.

· Truman foi preso desde bebê por um programa televisivo, não teve como se defender. No entanto, através de um esforço imenso, principalmente observando e refltindo sobre a sua realidade, ele conseguiu se libertar do mundo em que foi aprisionado. A nossa situação é bem melhor que a de Truman. Que ações ou comportamentos deveríamos ter para que não fiquemos tão presos e influenciados pelos meios de comunicação de massa?

Emprego de A a Z

1. Fazer um planejamento sobre sua formação:
  • o que é importante;
  • o que já fez e o que pretende fazer.
2. Elaborar uma rede de contato.

3. Marketing pessoal:
  • escolher duas pessoas na sala que tenham o maior número das 10 características do marketing pessoal.
4. Elaborar seu curriculo.

(Essas atividades devem ser entregues por escrito nos dias 22/11 ou 23/11, conforme o dia e sua aula.)

sábado, maio 08, 2010

Angelus

Palavra de amor

Mãe,
Palavra mágica que transporta sentimentos
Carrega emoção,
Faz nascer a luz do sol, e faz brilhar a luz do luar.
Mãe,
Palavra dita ao som dos passarinhos,
Palavra intensa, forte... carinhosa.
Todos os sentimentos do mundo podem se resumir em uma única palavra,
Sentimentos verdadeiros e pioneiros de um amor maior.
Não haveria nada mais belo
neste mundo que Deus nos deixou...
Mãe,
Deve ser cuidada,
Acarinhada,
Acorrentada nos laços do amor,
para que assim,
essa palavra de amor
Transforme os corações mais duros e solitários...
Pois com ela,
A vida se renova e acontece...
SEMPRE!

de Cláudia dos Santos Gomes

sexta-feira, abril 30, 2010

Tarsila

NÓS SOMOS ASSIM – 2010 (Pesquisa realizada com 179 alunos das Segundas Séries)

1 – Quanto ao sexo:
Masculino: 70
Feminino: 109

02 - Quanto à cor/raça:
Brancos: 49
Negros: 33
Pardos/Mestiços: 97

03 – Quanto à religião:
Católicos romanos: 80
Evangélicos: 67
Cristão Sudi (Mórmon): 03
Sem religião: 25
Ateus: 04

04 – Faixa etária:
Até 15 anos: 76
16 anos: 81
17 anos: 19
18 ou 19 anos: 03

05 – Local de moradia:
Setor “O”: 129
Privê: 20
Expansão/QNQ: 14
Águas Lindas: 06
Outra localidade: 10

06 – Chefe da família:
Pai: 40
Mãe: 91
Os dois: 41
Outro: 07

07 – Escolaridade dos pais:
Pai:
Ensino Fundamental: 59
Ensino Médio: 91
Ensino Superior: 24
Não sabe: 05

Mãe:
Ensino Fundamental: 65
Ensino Médio: 92
Ensino Superior: 18
Não sabe: 04

08 – Renda Familiar:
Até R$ 600,00: 02
De R$ 601,00 a R$ 1000,00: 52
De 1001,00 a R$ 2000,00: 71
De R$ 2001,00 a R$ 3000,00: 34
Acima de R$ 3000,00: 20

09 – Estilo de música que mais gosta:
Axé: 01
Pagode: 15
Samba: 02
Rock: 33
MPB: 11
Gospel: 28
Pop: 13
Hip Hop/ Rap: 20
Sertanejo: 22
Funk: 09
Reggae: 02
Clássica: 01
Música Eletrônica: 22

10 – Quantos livros leu o ano passado (exceto os didáticos)?
0: 36
1: 34
2: 39
3: 28
Mais de 3: 42

11 – 26 alunos trabalham.

12 – 145 alunos têm computador com acesso à internet em casa.

13 – 150 alunos têm telefone celular.

14 – Ao terminar o Ensino Médio você pretende:

Estudar para concursos públicos: 42
Fazer um curso técnico/ profissionalizante: 18
Fazer vestibular: 20
Fazer vestibular e trabalhar: 91
Outros/não sabe: 08

Arte Conceitual

Curso Proinfo - dia 29/04

Neste dia aprendemos mais um recurso do linux. O Impress, que é um aplicativo integrado ao Open Office semelhante ao Power Point. Com ele podemos criar apresentações de Slides. Não foi difícil lidar com esta ferramenta pois eu já tinha aprendido e utilizado o Power Point em algumas de minhas aulas. Professor Marcelo, eu confesso pra você que tenho medo que a maioria dos professores comecem e gostem de usar o Projetor. Vai faltar equipamento pra todo mundo.
Por falar nisso, eu dou aula de PD pra uma turma e pedi um trabalho em que eles teriam que usar esse recurso. Ouvi umas reclamações daqui e dali e resolvi fazer uma pequisa instantânea. Resultado: de 40 alunos, uns 8 disseram que sabiam utilizar, uns 15 disseram que não sabiam e o restante sabiam mal e mal, ou seja não sabiam também. LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA NELES.

PS: Marcelo, eu achei o Power point com mais recursos que Impress.

Di Cavalcante

SEMINÁRIOS: QUE PAÍS É ESSE?

1. TRABALHO INFANTIL
• O que é trabalho infantil?;
• Legislação;
• Situação da criança no Brasil: ações governamentais;
• Evolução do TI no Brasil;
• Comparação com outros países;
• TI e pobreza, TI e escola.

2. TRABALHO ESCRAVO
• O que é trabalho escravo? O que é um escravo?;
• TE no Brasil colônia (rapidamente);
• TE na atualidade;
• TE no mundo;
• Números de trabalhadores escravos (estados onde mais ocorre o TE);
• Evolução do TE no Brasil;
• Ações governamentais.

3. MINORIAS
• O que é uma minoria?
• Situação das minorias no Brasil: mulheres, negros, homossexuais, portadores de deficiência, índios, entre outros;
• Legislação: sistema de cotas, direitos dos homossexuais, etc.

4. EMPREGO X DESEMPREGO
• Desemprego estrutural;
• Desemprego no mundo (números);
• Evolução do desemprego no Brasil nos últimos 10 anos;
• Economia e desemprego no Brasil,
• Jornada de trabalho no Brasil e no mundo.

5. SAÚDE
• Principais doenças que afetam os brasileiros;
• Saúde pública X saúde privada;
• SUS;
• A saúde no DF;

6. ACESSO À TECNOLOGIA
• Últimos avanços tecnológicos no mundo;
• Expansão da rede elétrica;
• Acesso da população brasileira à informática: número de computadores/domicílio, banda larga;
• Comparação do Brasil com outros países;
• Telefonia celular.

7. SITUAÇÃO DO JOVEM
• Situação do jovem no Brasil;
• Perspectivas da juventude no Brasil;
• O jovem e o mercado de trabalho;
• Políticas governamentais para a juventude;
• Jovens e participação política.

8. AGRICULTURA E SITUAÇÃO DO CAMPO
• Produção de grãos (evolução dos números);
• As novas fronteiras agrícolas;
• Reforma Agrária;
• Produtos transgênicos.

9. AS CIDADES BRASILEIRAS
• Urbanização;
• Arquitetura;
• Enchentes;
• Lixo;
• Transporte.

10. EDUCAÇÃO
• Analfabetismo;
• Acesso ao ensino superior;
• Formação dos professores;
• Qualidade do ensino público
• Situação da educação básica.

11. MEIO AMBIENTE
• Principais problemas ambientais
• Os números do desmatamento
• Políticas governamentais;

12. QUESTÃO ENERGÉTICA NO BRASIL
• Biodiesel;
• Energia elétrica;
• Pré-sal;
• Energias alternativas.

Orientações Gerais

1. Critérios de avaliação: interesse, entendimento do tema, organização, criatividade, clareza na apresentação e material utilizado;
2. Grupos de, no máximo, quatro integrantes;
3. Todos os integrantes devem apresentar. O aluno que apenas ler, a nota será ZERO;
4. Tempo de apresentação: 30 minutos;
5. Uso obrigatório do projetor (data show). Atenção: o uso do equipamento não substitui a fala dos alunos;

Bibliografia (sugestão)

1. Almanaque Brasil Socioambiental
2. Sítio do IBGE: www.ibge.gov.br
3. www.brasil.gov.br/

quinta-feira, abril 29, 2010

Dadaismo

COMO FAZER UMA PESQUISA DE OPINIÃO

O que é:
Como seu próprio nome deixa claro, uma pesquisa de opinião realiza o levantamento da opinião coletiva de uma população acerca de determinado tema analisando uma amostra de opiniões individuais obtidas através de coleta de dados. Levantar a opinião coletiva é explicitar as principais idéias que a população emitiu acerca de determinado tema.
O levantamento da opinião coletiva se torna ainda mais complicado quando se sabe que as pessoas individualmente podem mentir nas entrevistas, procurando responder não o que pensam sobre determinado tema, mas sim o consideram "politicamente correto" aos olhos da sociedade em geral.

Como fazer:
1. Escolha o tema a ser pesquisado. O tema escolhido deverá ter um mínimo de relevância social.
Geralmente essa etapa se inicia com algumas indagações sobre o tema a ser estudado. Esses questionamentos podem ter origem em um fato ou problema constatado ou numa dúvida quanto a determinadas particularidades do tema. Entretanto, para que a pesquisa saia do campo das idéias e se torne algo real e exeqüível, o pesquisador necessita ir um pouco além da mera escolha do assunto.
É preciso explorar a problemática envolvida e elaborar algumas hipóteses sobre ela. Em alguns casos, o tema selecionado é muito amplo e será preciso delimitá-lo melhor. Em outros, o problema formulado pelo grupo é muito específico, merecendo a busca de outros problemas a ele relacionados.
Para explorar e delimitar o tema selecionado, assim como avaliar a importância do estudo, deve-se buscar respostas para perguntas do tipo:
• O que queremos saber?
• O que já sabemos sobre o assuntos?
• Que tipo de dúvidas pretendemos esclarecer com a realização dessa pesquisa?
• Quais são os vários aspectos do problema ou os subtemas relacionados ao tema principal?
• O que será feito com os resultados?
• Para quem serão divulgados?

2. Colete o maior número possível de informações sobre o tema escolhido. Procure em livros, jornais, revistas, páginas da internet etc. Com base em um estudo desse material, defina o objeto de pesquisa, elaborando um estudo inicial que:
• Destaque sua importância;
• Problematize o contexto no qual está inserido;
• Analise suas principais características;
• Estabeleça quais fatores o influenciam;

3. Redija um questionário preliminar com perguntas sobre o objeto de pesquisa;

A população pesquisada
A escolha do modelo amostral a ser utilizado começa com a identificação da população que será pesquisada. Com relação a isso, algumas perguntas precisam ser respondidas:
• Qual é a população que pretendemos estudar?
• Temos dados sobre quem são e quantas são as pessoas que compõem esse conjunto?
• De que maneira uma amostra pode representar da melhor forma a população a ser pesquisada?

Tipos de amostras

I - Amostras probabilísticas
São aquelas em que todos os elementos da população que desejamos estudar são conhecidos e é possível calcular a probabilidade de seleção de cada um deles. Exemplos de população onde todos os elementos são conhecidos: alunos da escola ou cadastro de afiliados de um sindicato. Para esses casos, a forma de seleção mais utilizada é a da amostragem aleatória, que consiste em selecionar ao acaso os elementos que farão parte da amostra.

II - Amostras não probabilísticas
São aquelas utilizadas quando uma determinada população não está disponível para ser sorteada, isto é, quando não temos uma lista com todos os elementos. Esse é o caso, por exemplo, quando a população a ser pesquisada é a de moradores do bairro, torcedores de um time de futebol, telespectadores de determinado programa de TV. Para amostras não probabilísticas temos também diferentes métodos de seleção, dependendo das informações disponíveis sobre a população a ser pesquisada.

Erro amostral
A idéia que norteia o princípio da amostragem é que a coleta de informações sobre um subconjunto (amostra) da população extraído ao acaso pode proporcionar informações de toda a população.
As medidas obtidas numa amostra podem ser muito próximas, mas dificilmente serão idênticas àquelas que se obteriam na população total. É por isso que, muitas vezes, quando se noticiam resultados de pesquisa, por exemplo, prévias eleitorais, se informam as margens de erro.

Erro não amostral
Em uma pesquisa de opinião podem ocorrer erros que não são amostrais e, portanto, não podem ser calculados, mas podem ser controlados e minimizados. Os erros não amostrais podem ser mais graves do que os amostrais, pois, além de não poderem ser quantificados, podem introduzir um viés sistemático na pesquisa.
Eis alguns exemplos:
• Questionários mal elaborados: ordem incorreta das perguntas; perguntas que induzem a determinadas respostas; vocabulário inadequado etc.;
• Entrevistadores mal treinados;
Dados demográficos que servem de base às amostras (qualificação da população, tais como sexo, idade, instrução) desatualizados.

ORIENTAÇÕES GERAIS

1. Explanação geral sobre o assunto;
2. Dúvidas a seres esclarecidas com a pesquisa;
3. População pesquisada;
4. Apresentação, análise e comentários dos gráficos (com projetor);
5. Perguntas e dabate (nota de participação).

ATENÇÃO

 Grupos com 3 ou 4 integrantes;
 Sugestões de temas: Eleições, Governos, PAS, UnB na Ceilândia, Enem, Sistema de cotas, Qualidade do ensino no CEM 09, Formação profissionalizante, Transporte (terminal do Setor “O”, metrô), Qualidade de vida no Setor “O”/Ceilândia, Posto de saúde, Feira do Setor “O”, Cultura e lazer, Esporte, Sexo e namoro, Homossexualidade, Aborto, Pedofilia, Gravidez na adolescência, Religião, Redução da maioridade penal, Roubo famélico.
 O que temos fazer para realizar uma pesquisa de opinião: Reler o texto “como fazer uma pesquisa de opinião”, saber criar gráficos e tabelas utilizando o Word ou Excel, saber utilizar o programa Power point ou similar, saber porcentagem.

segunda-feira, abril 26, 2010

As Respigadeiras

Informações ao alunos do 2° ano

Site onde se encontram informações sobre o Fome, pobreza e desigualdade social:

brasilatual.com.br

www.bancodealimentos.org.br

www.investne.com.br

www.mpnutricao.com.br

www.nominuto.com/noticias/brasil

www.pnud.org.br

www.pratoheio.org.br


Produção de Grãos

http://economia.uol.com.br/ultnot/efe/2008/08/07/ult1767u126055.jhtm

www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/agropecuaria/lspa/lspa_200803comentarios.pdf


Desperdício de alimentos

http://www.bonde.com.br/bonde.php?id_bonde=1-27--75-20090121


Mortalidade infantil

noticias.uol.com.br/bbc/reporter/2008/01/22/ult4904u408.jhtm

quinta-feira, abril 22, 2010

OS OPERÁRIOS - Tarsila

Post sobre a aula de 22/04/10

É bom saber que o mundo da computação não se resuma à Microsoft. Existe vida inteligente fora dela. Hoje aprendemos um pouco a lidar com o editor de texto do Linux.
E, apesar dos mortes e feridos, salvaram-se todos... Brincadeirinha. É tudo muito simples, tão fácil como o word. Quem sabe lidar com um, não terá dificuldades com o outro.
Bem professor Marcelo, o blog está aqui. Vou postando algumas coisas aos poucos. Como sou professor de Sociologia, vou colocar coisas da minha matéria e também da Filosofia e de História. E mais alguma coisa sobre educação de um modo geral.
Até semana que vem.

FUNCIONALISMO

É POSSÍVEL!!!

Dezessete estudantes do C E M 1 do Gama conseguiram aprovação no PAS da UnB

Rodolfo Borges - Correio Braziliense
Publicação: 28/02/2009 08:10 Atualização: 28/02/2009 00:03

Alunos e professores do Centro de Ensino Médio 1 do Gama (CG) comemoram uma proeza alcançada no início deste ano: 17 estudantes do colégio foram aprovados no Programa de Avaliação Seriada (PAS) da Universidade de Brasília (UnB) e começam a frequentar o ensino superior neste semestre. O número é recorde para a unidade de ensino. O segredo inclui um trabalho de autoestima intenso para fazer os alunos entenderem que a universidade não é um sonho impossível, uma sala de informática utilizada com criatividade, uma rádio interna e o acompanhamento minucioso dos estudantes por professores, muitos deles à frente das turmas durante os três anos do ensino médio.
“Nossa média de aprovações é de oito a 10 por semestre”, compara o professor Fernando Menezes, diretor em exercício do colégio. “Ao contrário dos colégios particulares, nós não preparamos o aluno apenas para esses exames”, destaca. O centro de ensino segue o currículo da Secretaria de Educação e não pode direcionar as aulas para as provas da UnB. As aulas, contudo, são puxadas e tendem a selecionar os melhores alunos, segundo Menezes. “No primeiro ano, exigimos mais — tanto que a quantidade de reprovações é maior nesse nível —, e os alunos chegam com base ao 3º ano”, avalia.
Entre os fatores que ajudam a explicar o sucesso da turma está o trabalho realizado pela coordenadora educacional Marcela Vietes. Funcionária da Secretaria de Educação há 12 anos, a psicopedagoga é a maior entusiasta do projeto universitário na escola do Gama. “Eu realizo um trabalho para melhorar a autoestima dos meninos, porque muitos deixam de se inscrever no vestibular por enxergar a universidade como sonho distante”, explica. A pedagoga costuma contar aos estudantes que, segundo as estatísticas, são os alunos de escolas públicas que têm o melhor desempenho no ensino superior. “O que fazemos é valorizar o ensino público”, resume Vietes, que faz de tudo para convencer os estudantes a prestar os exames.
“Nós entramos nas salas, espalhamos banners pelo colégio, realizamos reuniões e anunciamos na Rádio Escola o prazo para inscrição”, conta. Além de motivar os alunos, a coordenadora educacional do colégio acompanha todos eles durante o processo de inscrição no vestibular e no PAS. Tudo acontece dentro da sala de informática do CG, que é outro ponto forte do colégio. “Alguns dos alunos que foram aprovados não teriam nem se inscrito para prestar o exame se não fosse essa sala”, garante Vietes. Os 40 computadores do laboratório estão disponíveis para pesquisa e costumam ser utilizados pelo professores para diversificar as aulas. “Nós devemos muito à escola, porque eles nos deram todo o apoio de que precisávamos”, elogia Marlon Santana, 18 anos, que passou para o curso de letras-espanhol.

Estrutura
O centro educacional conta com um auditório equipado com caixas de som e microfones e uma sala para teleclasse, além do laboratório de informática. As instalações são tão boas que o CG conseguiu abrigar oito turmas de colégios de Santa Maria que suspenderam as atividades. “A estrutura faz diferença”, comenta o professor de geografia Afonso Batista, militante no CG há seis anos.
Outra vantagem da turma de aprovados, segundo o professor de matemática Hassan Bassis, é que eles foram acompanhados ao longo de todo o ensino médio pelos mesmos professores. “Várias disciplinas foram ministradas pelo mesmo docente no 1º, no 2º e no 3º anos. Nós não precisávamos perguntar que assuntos eles tinham estudado nos anos anteriores”, lembra.
“A gratuidade da inscrição de alunos de escolas públicas nos vestibulares da UnB e a abertura dos câmpus de Ceilândia, Planaltina e Gama também contribuíram muito para esse resultado”, comenta o diretor Fernando Menezes, que considera difícil repetir o feito no próximo ano. “Em 2009 nós temos uma turma a menos”, justifica. O diretor acredita que se 15 alunos foram aprovados, já será bom demais.

Futuro
Aprovado para o curso de engenharia do câmpus do Gama, o estudante Douglas Henrique de Oliveira Paiva, 17 anos, se diz tranquilo em relação ao futuro. “Eu já estava me preparando para fazer cursinho quando soube que havia saído o resultado do PAS. Nunca imaginei que fosse passar”, conta. “Com certeza, o colégio foi o que mais influenciou no meu sucesso”, emenda Davi Rodrigues, 15 anos, aprovado para o curso de Letras-Inglês no câmpus Darcy Ribeiro, na Asa Norte.
A opinião de Davi é reforçada pela mãe, Maria da Paz, mas a dona de casa acha que é preciso mais do que bons professores para assegurar o sucesso de um vestibulando. “Pais, alunos e professores têm que estar envolvidos nesse processo. Se a família não participar, não dá certo”, analisa a mãe, que já tinha celebrado a aprovação do filho Adriel Rodrigues no curso de letras-espanhol, em 2006. Hoje, Adriel, que estudou no Centro de Ensino Médio 2 do Gama e faz parte do Centro Acadêmico de Letras, dá dicas aos calouros. “A UnB se destaca entre as universidades que conheço, e olha que conheço várias”, diz o estudante.

Setor Oeste, a referência
Outra escola pública que costuma se destacar no Distrito Federal é o Centro de Ensino Setor Oeste (CESO). Na 3ª etapa do Programa de Avaliação Seriada deste ano, por exemplo, 21 estudantes da unidade de ensino, na 912/913 Sul, passaram nos exames da Universidade de Brasília. “O Setor Oeste sempre teve o trabalho voltado para a construção da cidadania, mas, para tanto, é preciso dar condições para que o aluno mude de vida”, argumenta o professor Carlos da Costa Neves Filho, supervisor pedagógico do CESO. Criado na década de 1980, o colégio se tornou famoso pela qualidade. A escola foi concebida para formar estudantes tão preparados quanto os alunos de instituições privadas.
É esse diagnóstico que transforma a aprovação de 17 alunos do Centro de Ensino Médio 1 do Gama em algo tão significativo, como reforçam os mestres de lá. “Quem faz a diferença são os estudantes. Eles são dedicados e esforçados. Têm uma capacidade de abstração impressionante”, resume Hassan Bassis, professor de matemática.

Bio arquiteturas

HOMO ADÃO SAPIENS

Conhecer a origem homem e o seu processo de evolução é uma das tarefas mais desafiadoras e complexas. A ela se entregam cientistas, místicos e religiosos, que tentam desvendar este mistério. O presente ensaio pretende fazer algumas reflexões sobre o tema, abordando os avanços, contradições e limites a que chegaram os estudiosos.
A nossa compreensão sobre a origem do homem está ligada à tradição judaico-cristã que determina que Deus o criou à sua imagem e semelhança a partir do pó da terra. Embora esta seja apenas uma das explicações sobre a origem do homem, dentre tantas outras existentes, o homem ocidental a aceita como válida pois comunga dos valores da chamada civilização judaico-cristã. Da mesma maneira o chinês aceita as explicações provindas de sua cultura, bem como o indiano, o africano e assim por diante. Essas explicações que aqui chamamos de mito não são explicações inferiores, irracionais, “elas apresentam uma notável racionalidade. Tratam-se de explicações evidenciadoras de limites (...) que apelam para a necessidade de agentes externos como razão de ser das coisas e do homem”.¹
Essa racionalidade de que fala o conferencista, pode se exemplificada pela explicação bíblica da criação. Parece haver, nesta explicação, um entendimento da identidade, da unidade do homem com a terra. Hoje é fácil para nós compreendermos que elementos químicos existentes na terra, tais como fósforo, potássio, ferro também fazem parte da fisiologia humana. Os sábios antigos demonstraram, a seu modo e com a linguagem possível da época, também compreender esse fato. Algumas descobertas atribuídas à ciência moderna, não eram nenhuma novidade para os sábios incas, astecas, egípcios, mesopotâmicos ou hindus.
O surgimento da ciência moderna fez com que fossem refutadas algumas das explicações míticas. Foi com Charles Darwin que a explicação científica para a origem da vida ganha um grande impulso. Em suas pesquisas com animais e plantas concluiu que as espécies são mutáveis, isto é, por meio de adaptações graduais, uma espécie pode modificar-se e superar os desafios da natureza. A esse processo chamou de seleção natural e por ele os seres vivos mais aptos sobrevivem em competição com outros seres. Nascia assim a teoria evolucionista que colocou por terra as explicações mitológicas sobre a origem do homem.
Dentre as várias críticas que são feitas à teoria evolucionista, há uma que diz que o homem, nesta desta teoria, é um ser que apenas reage à estímulos da natureza. “Pelo exercício de sua inteligência que é estimulada pelo mundo exterior hostil ao homem – como um verdadeiro empiricista no melhor estilo britânico – começa a aprender pela experiência. O fogo é descoberto ‘ao acaso’ nas larvas vulcânicas (...). O ódio contra um animal o faz utilizar uma pedra ou um pau como arma. E assim o homem descobre a tecnologia.” ² Roberto da Mata pretende fazer uma diferenciação entre evolução e teoria evolucionista. Segundo ele, a teoria evolucionista vê o homem da era vitoriana como etapa final da evolução. O que o autor combate é “a visão evolucionista simplificadora , segundo a qual primeiro surgiu o físico, depois o social; primeiro o grito, depois a fala; primeiro o indivíduo, depois o grupo (...). O homem nasceu de uma dialética complexa e, por isso mesmo reflexiva, onde o desafio da natureza engendra uma resposta, que por sua vez permite tomar consciência da natureza e da própria resposta dada.” ³
É nesta intrincada rede de ações, reações e reflexões que o homem surge e se organiza. É difícil precisar a época exata em que o primeiro homem teria aparecido na Terra. Para melhor periodizar o progresso humano costuma-se dividir a pré-história em períodos correspondentes ao desenvolvimento de suas habilidades, da capacidade de produção e ao domínio da natureza.
O desenvolvimento do cérebro e dos sentidos propiciou a evolução da consciência cada vez maior e um crescente discernimento e abstração. Ao lado desses fatores, existe a utilização, sempre crescente, por parte do homem, de ferramentas. A principio de paus e pedras. Mais tarde o homem foi aperfeiçoando tais ferramentas, que passaram a constituir em elementos acessórios ao corpo, que complementam, ampliando o trabalho humano. O homem é um animal que tem limites corporais. Por exemplo, não tem a capacidade visual da águia, nem a velocidade do antílope, nem o olfato do cão, no entanto, com a sua capacidade cerebral pode construir ferramentas que o ajudaram a superar seus limites e extrair da natureza os elementos necessários à sua sobrevivência.
Para sobreviver em meio à natureza hostil, o homem se agrupa para somar esforços e garantir sua manutenção individual e dar continuidade à espécie. Esta sociedade primitiva baseava-se na propriedade coletiva dos meios de produção. Só nestas condições que o homem garantiu sua sobrevivência. “Os membros destas comunidades primitivas viviam em conjunto em vários agregados chamados de grandes famílias matriarcais, tinham direitos determinados e eram obrigados a ajudarem-se mutuamente.”4
Paralelo a esse esforço de sobrevivência, o homem, graças à sua capacidade de abstração, começa a criar ritos e cerimônias religiosas. A princípio esses ritos estavam ligados às necessidades imediatas de sobrevivência. Antes da caça praticavam rituais mágicos onde o animal a ser capturado era pintado numa parede e cravejado de flechas. Era uma forma de “capturar o espírito” da fera antes de fazê-lo concretamente. Imaginavam que todos os seres tinham um “duplo”. Desta maneira pensavam estar influenciando a natureza pelo poder do pensamento e através dos espíritos que a governa. Para os primitivos, cada manifestação da natureza era governada por um espírito benfazejo ou malfazejo e os ritos mágicos serviam para agradar tais espíritos e colocá-los ao lado da comunidade.
A crescente complexidade desses ritos e das sociedades que os praticavam vai provocar a passagem destas formas primitivas de religiosidade à formas mais complexas. Vão surgir divindades e sacerdotes que possuem a exclusividade do contato com esses deuses. A incipiente classe dominante vai perceber a importância da religiosidade para controlar os demais membro da sociedade e vai tomar para si a tarefa de organizar a religião e discipliná-la para atendes às suas necessidades. A interpretação dos fenômenos naturais é utilizada pelos poderosos para dominar os trabalhador, para submetê-lo às novas forças sociais. A religião torna-se um instrumento da dominação de uma classe por outra.

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1 – DINI, Renzo. Filosofia, Filosofar e o Homem. FICB, l990. (Conferência).
2 – MATA, Roberto da. Relativizando. Vozes. 1981, pág. 41.
3 - ______ . Relativizando. Vozes, 1981, pág. 34.




PEDRO LACERDA